quarta-feira, 12 de junho de 2013

Espontaneidade

Preciso de me desligar do mundo. Estou cansada. Estou naquela fase, que se por algum motivo deixasse de respirar não iria fazer falta a ninguém.
Sinto-me vazia, fraca e inútil. Posso até mesmo dizer que não valho nada enquanto pessoa. Sinceramente, tomo consciência que ninguém devia falar comigo. Talvez seja esse o problema. Estou num estado de exaustão que se torna difícil de lidar com tudo e com todos.
Não sou a melhor pessoa e não sou exemplo a seguir, porém ninguém é perfeito e tem as suas falhas.

Necessito retirar-me, pode ser que sintas a minha falta, ou então não. 
Espero que fiquem bem sem mim.  Desculpa* 
Olgaloureiro

sábado, 1 de junho de 2013

revolta

Estou naqueles dias de revolta, gosh ! Está-me a irritar tudo, estou a ficar sem paciência nenhuma, que se lixe o mundo! Depois há aquelas situações que toda a gente desvaloriza e isso irrita-me. Como é possível serem indiferentes a ‘’coisas’’ comuns e iguais a nós? Passo a decifrar todas estas palavras descontextualizadas: como é possível serem indiferentes a pessoas com deficiências mentais, pessoas que amputaram uma perna ou mesmo as duas ou até mesmo mendigos? 
Hoje apetece-me falar disto, não só por estar revoltada ,como, também, ter assistido e reflectido sobre isto esta semana.
Muito sinceramente estas situações mexem comigo. Esta semana passei duas vezes por duas pessoas que não tinham exactamente a mesma perna, a esquerda. Nunca tinha ligado a isso, mas nesses dias liguei e fiquei triste, não só pelas pessoas em questão como por esta sociedade que as despreza e não lhes dão o devido valor. 
Deve ser tão constrangedor e revoltante, passar por todas aquelas pessoas na rua a correrem de um lado para o outro e ver que estão preocupadas com o tempo, com o rímel que se esqueceram de colocar, com o nó da gravata mal feito… Que nem dão conta aos inúmeros empurrões que dão aquele ser com três pernas que ninguém vê. E enquanto as pessoas ditas ‘’normais’’ se preocupam com tudo isso o deficiente sem uma perna preocupa-se com a melhor maneira de meter as mãos nas muletas para elas não falharem quando lhe dão empurrões e mais empurrões.

Estas pessoas fazem parte da mesma sociedade em que tu vives. Podem ter um membro a menos, mas têm coração tal e qual como tu e bate todos os dias com mais força que o teu, acredita! 


Olgaloureiro