domingo, 1 de dezembro de 2013











Hoje encontrei esta foto de muitas que temos juntas e lembrei-me da amizade que tínhamos. Senti revolta, tristeza, felicidade e sobretudo saudades. Acredito que a nossa amizade foi verdadeira, pelo menos da minha parte e nesse aspecto tenho a minha consciência tranquila.
Lembras-te quando dizia-mos, mas principalmente tu, que não iria haver nada que estragasse a nossa amizade, que nada conseguiria separar-nos? A verdade é que separou. Desta história saímos ambas magoadas, não há nada que justifique o que se passou.

Cheguei á conclusão que afinal a amizade que havia não era assim tão verdadeira, pois se o fosse ainda hoje prevalecia. Assim como as pessoas mudam, as coisas também. Não guardo ressentimentos, quero que saibas que só quero o melhor para ti e agora só me resta desejar-te as maiores felicidades. 


OlgaLoureiro

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Todos os anos, nesta época, exactamente por estes dias eu lembro-me, fico a pensar. São pessoas que passaram pela minha vida e que eu nunca mais vi, umas porque se foram para sempre, outras porque o tempo as afastou de mim. Ou eu afastei-me com o tempo, talvez, não sei ao certo, só sei que desapareceram da minha vida.
Eu sinto saudades daquele monte de amigos, todos juntos dando gargalhadas tolas, daquela rapariga que eu considerava a minha melhor amiga e me apunhalou pelas costas. Daquela miúda que eu tinha raiva na escola. Morro de saudades de quando o meu problema era não querer ir á escola para não ter que ver alguém que eu não gostava ou porque tinha-me esquecido de fazer os trabalhos de casa.
Era tão bom, é tão bom lembrar ...
Os arrependimentos que trago são dos dias em que eu não vivi, dos dias em que eu me sentei e chorei por pessoas que hoje em dia não se lembram mais de mim. 
Parece que foi ontem que eu fechei os olhos e hoje eu acordei longe do mundo. Quando na verdade  passaram-se anos e os meus pensamentos não se deram conta disto.Um pouco de mim que ficou quando eu decidi parar no tempo e apenas seguir em frente de qualquer maneira. 


OlgaLoureiro

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

desabafo

Sinto que estou a mudar, mais uma vez, é verdade. Também sei que muita gente pode não vir a gostar da ''nova Olga'' mas estou-me a cagar para isso, como sempre estive. Cansei de correr atrás de quem estava nem aí para mim. Estão á vontade para entrar na minha vida ou melhor estavam, porque a partir de agora só entra quem eu quero .
 Quem decidiu virar-me costas irá perceber que cometeu um erro. Basicamente, vão decidir voltar atrás como têm feito até aqui, porém, vai haver uma diferença: não me voltarão a encontrar . Tudo o que foi acontecendo até hoje fez-me abrir os olhos e perceber o que realmente fui para eles, ou não. Tiveram a vossa oportunidade e trataram-me como lixo basicamente e agora é a minha vez de vos pisar.
 Deixei de me importar com as vossas vidas, deixei de me importar com todos vocês praticamente. 
Agora desejo que vocês fiquem na merda como outrora me deixaram .
Porque nesta vida meus caros ... sempre fui eu e mais ninguém ! 


Olgaloureiro

domingo, 1 de setembro de 2013

foi inevitável

Hoje bateu-me uma forte saudade de ti .
Vi-me obrigada a ir onde tu estás aparentemente. Ainda não tinha chegado junto a ti, já uma lágrima me percorria o rosto, não consegui ... Mal olhei para a tua fotografia todas as lembranças que tinha tuas surgiram no meu pensamento e foi inevitável, não consegui conter todas as minhas lágrimas que há muito havia contido. Nunca ninguém perceberá o amor que tinha por ti e dói, apesar de tudo dói. Perdermos as pessoas que amamos é muito constrangedor e doloroso. Apesar de todas as lágrimas ainda consegui, num tom trémulo, dizer-te uma frase: ''fazes-me tanta falta, tenho saudades tuas ..''
Lembro-me quando era garota dizer-te várias vezes ''tu és das pessoas mais importantes da minha vida e quero muito que estejas presente no dia do meu casamento '', pois ela respondia-me ''oh minha rosa, quando esse dia chegar já cá não estou '' ... ficava triste é claro, mas sorria na esperança do que ela me dizia fosse mentira. Infelizmente ela tinha razão. Já passaram 6 anos, mas para mim parece que já foi à uma eternidade. Acho que nunca irei superar esta perda passe os anos que passarem, pois vivi e cresci com ela até aos meus 15 anos.
Regressei até a casa, sozinha e as lágrimas contornavam-me o rosto com todas as saudades que tenho dela.

Olgaloureiro

domingo, 21 de julho de 2013

O tempo passou e tudo levou, ficando apenas a ''saudade''

Engraçado como os anos passaram e as mudanças que ocorreram . Hoje fui mexer em coisas há muito guardadas e encontrei uma carta tua. Mesmo depois de tudo, quando a li surgiu-me um sorriso no rosto, porque apesar de tudo, fui feliz contigo. 
Não deixa de ser irónico, no inicio toda a gente promete isto e aquilo e no fim, quando tudo acaba, onde ficam essas promessas ? Neste caso, as tuas ficaram escritas e ficarão para sempre guardadas, como têm estado. 
Mas pronto, foi o meu primeiro e grande amor da minha vida e isso ninguém irá apagar da minha memória, muito menos do meu coração . 

Desfrutem enquanto têm tempo porque depois só restam as saudades e neste caso, no meu, só restam as lembranças. Pois saudades não tenho nenhumas **

Olgaloureiro

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Todos nós gostaríamos de viver eternamente, mas não é possivel !


senti necessidade de escrever e não foi pelos melhores motivos ! Ainda estou naquela fase de ''negação'', ainda não me mentalizei que tal coisa aconteceu. Receber esta noticia pouco antes das 8h da manhã, não foi de todo uma boa maneira de começar o dia.Lamento que tenhas tido um fim doloroso, mas foi o melhor. Não te preocupes, nós iremos tratar muito bem dele como temos feito até hoje. 
 Estou nostálgica e de luto sim, não és do meu sangue, mas é como se fosses. Afinal de contas viste-me crescer e eu vi-te partir, ironias do destino. 

Olgaloureiro

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Espontaneidade

Preciso de me desligar do mundo. Estou cansada. Estou naquela fase, que se por algum motivo deixasse de respirar não iria fazer falta a ninguém.
Sinto-me vazia, fraca e inútil. Posso até mesmo dizer que não valho nada enquanto pessoa. Sinceramente, tomo consciência que ninguém devia falar comigo. Talvez seja esse o problema. Estou num estado de exaustão que se torna difícil de lidar com tudo e com todos.
Não sou a melhor pessoa e não sou exemplo a seguir, porém ninguém é perfeito e tem as suas falhas.

Necessito retirar-me, pode ser que sintas a minha falta, ou então não. 
Espero que fiquem bem sem mim.  Desculpa* 
Olgaloureiro

sábado, 1 de junho de 2013

revolta

Estou naqueles dias de revolta, gosh ! Está-me a irritar tudo, estou a ficar sem paciência nenhuma, que se lixe o mundo! Depois há aquelas situações que toda a gente desvaloriza e isso irrita-me. Como é possível serem indiferentes a ‘’coisas’’ comuns e iguais a nós? Passo a decifrar todas estas palavras descontextualizadas: como é possível serem indiferentes a pessoas com deficiências mentais, pessoas que amputaram uma perna ou mesmo as duas ou até mesmo mendigos? 
Hoje apetece-me falar disto, não só por estar revoltada ,como, também, ter assistido e reflectido sobre isto esta semana.
Muito sinceramente estas situações mexem comigo. Esta semana passei duas vezes por duas pessoas que não tinham exactamente a mesma perna, a esquerda. Nunca tinha ligado a isso, mas nesses dias liguei e fiquei triste, não só pelas pessoas em questão como por esta sociedade que as despreza e não lhes dão o devido valor. 
Deve ser tão constrangedor e revoltante, passar por todas aquelas pessoas na rua a correrem de um lado para o outro e ver que estão preocupadas com o tempo, com o rímel que se esqueceram de colocar, com o nó da gravata mal feito… Que nem dão conta aos inúmeros empurrões que dão aquele ser com três pernas que ninguém vê. E enquanto as pessoas ditas ‘’normais’’ se preocupam com tudo isso o deficiente sem uma perna preocupa-se com a melhor maneira de meter as mãos nas muletas para elas não falharem quando lhe dão empurrões e mais empurrões.

Estas pessoas fazem parte da mesma sociedade em que tu vives. Podem ter um membro a menos, mas têm coração tal e qual como tu e bate todos os dias com mais força que o teu, acredita! 


Olgaloureiro

domingo, 26 de maio de 2013

simples*

Acredito que as pessoas aprendem com os próprios erros e com o tempo. Acredito também que quem traiu uma vez e foi perdoado vai trair de novo. Acredito que aquelas pessoas que vivem a falar mal dos outros vão falar mal de ti com esses outros. Acredito que as pessoas só mudam por vontade própria e nunca pelo pedido de outra pessoa. Acredito que tudo que eu acredito hoje, vai mudar com o tempo. E que, no futuro, talvez, eu acredite em menos coisas.
Ou em nada mais.


Olgaloureiro

quarta-feira, 22 de maio de 2013


Falar sobre as pessoas e os seus comportamentos não é algo de que goste muito: primeiro porque também sou pessoa e depois, porque como tal, também fico incluída no grupo ao qual gostava de não pertencer. Mas tenho de abrir uma excepção: esta excepção. Ando há muito tempo a engolir sapos para manter a postura de uma pessoa que não se preocupa com o que está à volta, mas ainda que não me preocupe, há coisas que não se toleram! 
As pessoas têm que aprender a pôr cada coisa no seu lugar, e eu começo por explicar que a graxa é para os sapatos e as putas são prós homens que acordam de manha e não lavam bem os olhos; a inveja é feia e o que se diz por trás é para se dizer na frente: é assim que se evitam boatos, gente mal formada e mentiras sem nexo nenhum.


Olgaloureiro

terça-feira, 21 de maio de 2013


Porque é que temos de ser tão cegos? Porque é que temos que acreditar em tudo? Porque é que o nosso coração bate? Porque é que nós temos que amar? Porque é que existem oportunidades? Porque é que existe a inconsciência? Porque é que existe o sabor da derrota? Porque é que existe aqueles olhares vazios? Porque é que existe tempo perdido? Porque existe perguntas? Porque existe dúvidas? Porque existe o ''nós''? Porque estou aqui? Porque existo?
Porquê isto e muito mais?
Olgaloureiro

segunda-feira, 13 de maio de 2013




Meti a música alta para não dar conta do quão sozinha eu estava, falei para dentro e percebi que me sentia bem comigo própria, sem aquele medo de poder perder a pessoa que gosto, porque agora, eu estou sozinha. Não só na escola. Nem nas redes sociais. Mas no mundo. Eu não consigo sentir a falta de ninguém, o meu coração não dói, ele só chora às vezes, mas não por ninguém que eu perdi, apenas por quem ele nunca conseguiu largar, apenas por ti. Eu não sei se me culpam por isto, mas na verdade, como conseguiria eu autodestruir-me tanto ao ponto de deixar de sentir tudo? Não era capaz, o produto final não foi culpa minha, eu perdi o controlo sobre mim mesma.
Perdi o controlo, não a consciência. Sei que um dia vou deitar a cabeça na almofada e chorar por todos aqueles que agora estou a deixar, porque na verdade, sou eu a querer. Não me vou arrepender, porque agora que a minha vida está do avesso e vivo sem aqueles que eu pensava que não conseguiria viver sem, eu percebi que o meu lado certo é este. Tudo deixou de importar. Até tu!

Olgaloureiro

terça-feira, 7 de maio de 2013

igualdades

Depois de tantas vivências e presenças, acho que agora posso dizer que já ninguém sabe exactamente como amar. Agora, a maior parte das pessoas diz que ama para se confortar, para se sentir bem consigo próprio. Já presenciei tanta coisa, já vivi tanta coisa que acho que poderia até relatar todas as histórias numa única. Até porque são todas iguais. Começamos por conhecer alguém novo. Um alguém que nos fascina, que nos faz esquecer todos os problemas, que nos leva para um mundo de conforto, de felicidade. Isso acontece de ambos os lados, mas mais para um do que para outro. Eu vivi e presenciei o mesmo personagem: o que se prende totalmente á pessoa; o que ama, o que diz o que sente e não o que lhe faz sentir bem, apesar de só o facto de dizer que ama o faz sentir bem. 
De qualquer maneira, como acabam estas histórias? Todas da mesma maneira. A solução torna-se um problema. O problema mais doloroso e agravante que o anterior. Depois, a outra pessoa  segue o seu caminho e nós ficamos a pensar se a culpa teria sido nossa. Se havia algo que pudéssemos mudar no passado para tudo correr bem no presente. De qualquer modo, deixei-me disso. Agora acredito que tudo acontece por uma razão. Sofremos para aprender. Amamos para viver. Vivemos para continuar. Se conhecemos uma pessoa que se confortou em nós, e que nos deixou por outra ou porque simplesmente não quis seguir o mesmo caminho que nós, é por alguma razão. 
É claro que ficamos desiludidos, magoados, mas no fim só aprendemos com tudo isso. No fim podemos até reparar que estávamos tão enganados quanto á outra pessoa.
No fundo prendemos-nos tanto á pessoa que o facto de precisarmos dela para sorrir fez-nos pensar que a amávamos. O que é bastante diferente, até porque eu preciso de imensa gente que não amo. 
É óbvio que mais de metade das pessoas que vejam isto, irão identificar-se com as minhas palavras, as minhas histórias . Até porque todos já sofremos por amor e todos fomos usados. Todos já tentámos sentir amor para nos sentirmos confortáveis com nós próprios e todos nós já magoámos alguém mesmo sem querer. 


Olgaloureiro

domingo, 5 de maio de 2013

open eyes my friends

Há pessoas que me dão vontade de rir, não haja dúvida. Confundem-me com o 112, só me ligam quando precisam ou quando não têm mais ninguém. Goooood, abram os olhos gente!  Hoje posso estar do vosso lado, mas amanhã posso-vos erguer o dedo do meio.
É impressionante como as pessoas se deixam enganar. Pensam que as coisas mudam. Até podem ter razão, das duas uma, ou mudam para pior, ou continuam na mesma. As pessoas que nasceram para não valerem nada, nunca irão ter a devida importância. Se te abandonaram uma série de vezes e voltam com o intuito de te ter de volta ou somente para te mostrarem que as coisas mudaram, esquece isso ! Nada do que elas te possam demonstrar é verdadeiro. Não passa de uma farsa . Aproveitam-se de ti enquanto se sentem sozinhos no ''mundo''. Quando aparecer alguém novo cagam completamente na pessoa otária que foste quando acreditaste naquelas palavras deprimentes. Por muito que possam gostar dessa pessoa, não sejam fracos enquanto pessoas que são, aprendam a dizer ''não''. Quem te magoou  irá continuar a fazê-lo, basta dares a oportunidade constante que te pedem. 
Mas quem sou eu para falar de pessoas ou de atitudes? ah esperem,  ás vezes posso não ter as melhores atitudes mas sou alguém sim ! não ligo ás pessoas somente quando preciso.
Porém, é assim que as pessoas aprendem ! Eu já aprendi e tu ? 

Olgaloureiro

domingo, 28 de abril de 2013

acreditem *


A sério que ainda tropeço em mim mesma? Nesta altura que já deveria saber percorrer-me de trás para a frente de olhos vendados, mas a verdade, é que ainda o faço de olhos abertos. São tantas histórias inacabadas nos meus pensamentos. É tão estranho, até porque algumas já deviam ter um ponto final e só têm reticências … depois há aquelas situações que eu faço uma força tremenda para não pensar em mais nada e mesmo assim, os meus olhos parecem um projector  É como se tivesse a viver tudo novamente, as imagens são tão nítidas que se torna possível parar no tempo.
Isto não passa de lamentações, mas é verídico. Eu não me sinto bem comigo mesma! Estou um pouco cansada de incertezas; de pessoas que se aproximam de mim e depois me deixam do nada; de amores mal vividos … tipo, isto incomoda-me, mas também, já me incomodou mais. A vida e o passar do tempo muda-nos isso é um facto. E sim, mudei e continuo a mudar, agora é cada um por si. Neste momento sou eu e apenas eu, nada mais.
Acreditem: A vida não é fácil para ninguém e com certeza que já houve alguém que te magoou. Não uses essa dor para criar barreiras, usa-a apenas para te sentires preparado para o futuro. 

Olgaloureiro

sexta-feira, 5 de abril de 2013

preciso, só isso*

Há dias para cá têm surgido coisas com as quais eu não tenho conseguido lidar. sou uma pessoa forte, mas não tanto quando toca a sentimentos. Sabes que és uma pessoa bastante importante para mim, temos uma ligação bastante forte, só nós sabemos o que nos une. não consigo ser indiferente ás nossas discussões, é inevitável.
Dou por mim, aqui sentada á frente de um ecrã que nada me diz, carregada de emoções que nem eu própria consigo explicar. Gostava que as coisas fossem mais simples e menos dolorosas. Está a ser complicado de digerir tudo isto, sinto-me a pior pessoa neste momento, sinto-me inútil e fraca. Apetece-me pegar numa mochila e ir para um lugar longínquo por uns tempos .
Preciso de organizar a minha cabeça, situar o meu coração e dar liberdade á minha alma.

Olgaloureiro 

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

?!?


E quando dás por ti a pensar em toda a tua vida? Pois é. Foi do nada que comecei a pensar em tudo: em tudo o que me faz bem e o que me faz mal. É irónico por breves momentos sentir que, o que me faz mal pode-me fazer bem, assim como, o que me faz bem pode-me fazer mal. Então é aí que nasce uma pequena confusão na minha cabeça e me surgem as dúvidas. Dúvidas estas que não me levam a lado nenhum. Continuo perdida em mim mesma e não encontro nenhuma saída á minha volta. Gostava de poder dizer que as coisas são fáceis de obter, realizar (…) Mas não é! Quando tudo parece estar bem, os nossos pés recuam para junto das pegadas deixadas, uniformizando-as.
Um dia: conseguir-me-ei mover para a saída mais próxima, olhando para trás e ver as minhas pegadas serem apagadas, como se eu nunca tivesse passado por ali. Até lá, vou caminhando e vou tropeçando .

Olgaloureiro

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Mas ..

Mas talvez não seja assim. Talvez tenha escolhido o caminho oposto para alcançar o entendimento. 
Quanto mais penso, me organizo e me respondo, mais dúvidas tenho e menos satisfeita me sinto. A pouco e pouco, comecei a perceber que não há respostas para tudo. E as poucas que existem, ou são erradas ou são absurdas. E é então que baixo os braços, entrego as armas e desisto a favor do silêncio, que é tudo o que me resta. Mas o silêncio nunca traz respostas. 
Instala-se como um tirano que ocupa todas as casas e jardins no mundo, que manda prender e torturar todos os que falam, que se escondem atrás da indiferença, do desinteresse, do vazio, da distância, tentando convencer-me de que é melhor assim, como se as palavras vivessem todas na caixa de Pandora e fosse um crime para a humanidade abri-la e deixá-la respirar.

Olgaloureiro

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

hoje é o teu dia*

Mais um ano que coacervaste . Apesar de já não estares presente entre nós, não deixa de ser o teu dia, não deixa de passar os anos e não serás esquecido.

           Tenho poucas recordações tuas, mas ao mesmo tempo são muitas! Lembro-me quando era pequenina e ansiava a tua chegada para me dares aquele ovo kinder que eu tanto gostava de comer no fim do almoço. A recordação que eu tenho mais intensa tua, é apenas uma, e acredita, é aquela que mais me dói relembrar. Tinha oito anos apenas quando tu fizeste com que começasse a crescer mais rápido do que era o habitual. A tua vida ficou suspensa dois anos naquela cama. Não falavas, tinhas sondas para comer e urinar. Sabes o medo que eu tinha de chegar perto de ti, inocência de criança, assim o entendias. Aos poucos fui superando o meu medo e cada dia que passava mais perto de ti ficava. 

              Quando vinha da escolinha, lá estavas tu, sentado naquele sofá, ao pé da janela. Não falavas, mas os teus olhos diziam tudo quando me vias. Era doloroso, fazeres aqueles sons com a boca, ao esforçares-te, para poderes falar comigo. Assim se passaram aqueles dois anos amargurados da tua vida! Ajudava a minha mãe no que podia. Fazia sempre questão de ser eu a dar-te o comer pela sonda, pois não podia fazer muito mais, era uma miúda de oito anos. Como é possível, eu tão pequena, sem saber o que era a vida, e tu seres uma grande preocupação minha? Lembro-me como se fosse hoje, a tua última semana de vida! Quando o enfermeiro te foi ver pelas últimas vezes, e ele sim, sabia que estavas de partida. Nunca quis dizer a verdade á minha mãe, pois ela já andava a sofrer bastante com o teu estado, eram dias sobre dias naquela angústia!              Os teus dedos dos pés já estavam a querer cair e aquela espuma branca que largavas pela boca constantemente, já faziam com que a ela desconfiasse que alguma coisa não estava bem. E assim foi, em Maio, naquela madrugada de sábado quando tudo aconteceu. A minha mãe acordou sobressaltada. Foi ter contigo ao quarto. Lá estavas tu a largar aquela espuma novamente, até que ela te agarrou sobre os braços dela, abanou-te e chamou por ti. E assim foi que te despediste: olhaste nos olhos dela, encostaste a tua cabeça sobre o peito dela e deste o teu último suspiro.


Serás sempre relembrado, Parabéns avô <3

Olgaloureiro

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

...

Eu dei conta que se chega a um certo tempo na nossa vida, que aprendemos que ninguém nos decepciona, e que na verdade nós é que temos o hábito de criar demasiadas expectativas nas pessoas. Cada um é como é e oferece aquilo que pode oferecer.
     Da vida, não quero muito.
Quero apenas saber que tentei tudo o que quis, tive tudo o que pude, amei tudo o que valia, e perdi apenas o que, no fundo, nunca foi meu.

                Não te esqueças : a felicidade bate á porta mas não roda a maçaneta. quem decide se ela entra ou não, és tu! 

Olgaloureiro

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

*saudade*


Hoje é o dia da saudade e, como tal, tenho mais uma oportunidade de dizer que sinto a tua falta e que tenho muitas saudades tuas:
- Tenho saudades de quando eu era criança e tu brincavas comigo ao ‘esconde-esconde’; tenho saudades daquele baloiço que só tu sabias fazer por entre duas árvores; tenho saudades quando me ias buscar á escola e me levavas pela mão; tenho saudades daqueles almoços que fazíamos no terraço e comíamos até nos fartar; tenho saudades das partidas que me pregavas para me parar os soluços; tenho saudades de dormir contigo naquelas madrugadas; tenho saudades de ouvir a tua voz a cantar aquela música (que fazia parar a chuva); tenho saudades dos teus beijos e dos teus abraços bem apertados; tenho saudades quando me acordavas pela manhã; tenho saudades de quando me protegias quando a minha mãe ralhava; tenho saudades do teu rosto, da tua presença, do teu cheiro, tenho saudades da pessoa que eras! 
Não é só hoje que tenho este sentimento nostálgico, contudo, irei sentir saudades tuas todos os dias até ao fim da minha vida


Olgaloureiro

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

fica bem*


Já escrevi uma mensagem e na hora de enviar, apaguei-a toda. Já liguei para um número e quando começou a chamar, desliguei. Já estive a noite toda a chorar por alguém, mas também já fiquei tão feliz por causa da mesma pessoa que nem conseguia dormir. Já te odiei tanto, mas tanto, que nem por isso consegui deixar de te amar. Já disse ‘fica bem’ querendo dizer ‘eu amo-te’, e já te mandei ir embora com o intuito de que ficasses. Já ouvi alguém gritar o teu nome na rua, e ainda olhei para todos os lados para ver se te encontrava. Já vi filmes, ouvi músicas, assisti a séries só para poder pensar em ti, mas também já odiei tudo isso por me fazer lembrar de ti .. já fiz isto, fiz aquilo. E sabes uma coisa? Eu fazia tudo outra vez

Olgaloureiro.

*janela fechada*


Eu sei que tu sentes a falta das nossas conversas. Do jeito como sorrias  quando aquela janela aparecia do lado inferior direito com o meu nome.  Sei que deixavas essa mesma janela aberta, apenas olhando, esperando sempre surgir um “olá”, mas não aguentavas, então o teu “oi” aparecia, e eu, já com essa mesma janela aberta sorria. Quando eu demorava para ler a resposta, pois estava a tentar arranjar coragem para ler o que me tinhas dito e tu pensavas que estava chateada…Agora essas conversas não existem, as esperas não existem e a janela fechou-se!


Olgaloureiro

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013


Eu sei como é segurar as lágrimas e só chorar quando o chuveiro está ligado para ninguém perceber. Eu sei como é começar a reflectir sobre a vida antes de dormir e certificares-te de que ninguém está a ouvir para começar a soluçar. Eu sei como é sofrer tão dolorosamente que ás vezes tu precisas fingir que vais à casa de banho, ou beber água, apenas para lavar o rosto e te recompores. Eu sei como é ter os olhos húmidos e aquele medo de não ser forte o suficiente para segurar as lágrimas quando estás em público.
     Mas ás vezes não dá, não é? Ás vezes a dor no peito é tão grande que não te consegues conter, e as lágrimas começam a escorrer pela tua cara. Também sei como é sentir aquele nó enorme na garganta, que te sufoca, até que cedes e choras. Ou sentares-te na cama, pegares na almofada chorares tanto, mas tanto, que começas a perder as forças e adormeces.
   Como se o teu coração dissesse : '' já sofreste demasiado por hoje, é altura de descansares. ''  Acredita, eu sei como é tudo isso.

Olgaloureiro

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

memórias


Há dias que deixam de ser vazios e passam a ser ocos. Hoje é o dia ! É estranho sentir-me assim .. como é possível a tristeza causar a saudade de pessoas que já não estão presentes nesta vida? isso, e escrever meras palavras que para um lápis não significa nada e para nós significa tudo . 
       Custa admitir, mas é a verdade. Quantas vezes é que as nossas estrelinhas lá em cima começam a perder o seu brilho natural,só por nos verem uma pequena quantidade de tristeza a cair pelo nosso rosto? É nestes momentos de fraqueza que procuro as minhas melhores lembranças contigo, e principalmente, o teu sorriso. Tenho saudades de quando me chamavas ' minha rosa '; de quando preparava crepes de chocolate para ti; tenho saudades tuas.  
      Fazes-me falta; eras o meu porto de abrigo. Ainda o és, mas não é a mesma coisa. Não te consigo ouvir, não consigo sentir o teu cheiro, não te consigo ver; é como se uma parede espelhada nos separasse, mas mesmo assim ainda consigo sentir-te ! 
    Ambas sabemos que todos os dias temos encontro marcado no mesmo sitio, há mesma hora. Sei que todas as noites vais ao pé de mim, passas a tua mão no meu cabelo, dás-me um beijo na testa desejando-me uma boa noite e eu respondo-te, num sono profundo, com um simples sorriso


Olgaloureiro

é complicado


É complicado ter que assistir a uma possível perda. É complicado sentir as pernas a tremer. É complicado não saber como reagir naquele momento. É complicado sentir que se é inútil. É complicado conter as lágrimas quando o que mais queres é poder gritar até ficar sem voz! É complicado ficar calada(o) quando tens necessidade de explodir! É complicado ter razão! É complicado perderes a noção do tempo quando mais precisas! É complicado ficares perdido(a) no teu mundo! É complicado ter que seguir em frente como se nada tivesse acontecido.
           
 Cada minuto que passa torna-se um ponto marcante na tua vida, pelo qual, não terás oportunidade para o desfrutar novamente! ´


Olgaloureiro